(Se me permitir, eu cuidarei dos seus sonhos. Nada me daria mais prazer que ficar a seu lado, de vigília. Toda a noite, afastando o que faz mal... dorme bem, meu menino)
Exposição de meus passos imperfeitos! E imperfeições são propositais.....são sim!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Noites de vigília...
(Se me permitir, eu cuidarei dos seus sonhos. Nada me daria mais prazer que ficar a seu lado, de vigília. Toda a noite, afastando o que faz mal... dorme bem, meu menino)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Email de natal?
Me pediu um email de Natal. Mas o que eu poderia colocar num
email de natal para ele. Poderia escrever mais uma mensagem-clichê falando de
dias prósperos e outras coisas da mesma natureza. Mas ele é... ele é... não
ficaria legal tratá-lo como os outros. É isso.
Ele é tão intenso, imenso, me afoga em suas águas, em todos
os sentidos. Não cabe, sabe? Não define-se. Mas é próximo, presente. Louco
isso. Sinto-o sempre perto. Sei que não posso tocá-lo, mas sinto próximo. Sei
que vem a mim todas as noites. Basta fechar os olhos que o seu cheiro enche o
meu ser. Materialíza-se em meus pulmões. É incrível. E, como nunca antes, eu me
sinto maravilhosamente bem.
Dentro dos seus
braços é o único lugar no qual não sinto aquela velha vontade de morrer. De
resolver tudo, letalmente. De terminar de uma vez. De desistir dos sonhos que
eram só meus. Desenhados no escuro, na parede gelada próxima a minha cama. Eu,
que tantas vezes quis sumir, desaparecer dos olhos de todos...
O abraço dele agora é
meu abrigo. Meu menino, meu querido.
O que eu poderia dizer a ele nestas noites de espera?
Questão difícil. As vezes fico mudo, sem assunto. Ele me aborda sempre: “e aí?”
E aí? E aí que eu te quero, mais do que nunca. Teu abraço/fortaleza. Teu
sorriso, grandioso. Teus olhos, convidativos e indecifráveis. Teu cheiro,
inebriante. Teus passos. Tu, todo.
Meu coração. Ah! O meu coração. Condenado nos últimos tempos
a ser apenas peso para papel. Tantas cicatrizes, ornatos horrendos. Tantas
vezes eu quis arrancá-lo e oferecer em sacríficio a Chronos.
Implorando limitar
os grãos que ainda caem da minha ampulheta aos dias em que eu passei perto dele.
Tantas vezes questionei-me, também, se o deus o aceitaria em troca de tão grandioso
favor. Tempo perto dele, é o meu maior desejo.
Desejos, pedidos. Já pedi tanta coisa a ele: Cantar para mim
todas as noites, me abraçar forte durante a madrugada, me levar para ver o pôr
do sol. E ele já me atendeu. Atendeu sim, acredito em suas palavras. Há algo
diferente, que percorre, como cavaleiro, os caminhos da voz dele, que me
permitem ver o não feito. É como se já tivesse acontecido, pela simples
confirmação da voz. O não acontecido, já feito, sabe?
Muito louco isso. Mas quem disse que ser normal é lá uma
virtude? Virtude... tanta hipocrisia mascarada. Eu quero você, só isso. Talvez
mostrar minhas fragilidades tenham tido algum fundo virtuoso. Mostrar minha
coleção de defeitos, imersos num pequeno lago de lágrimas.
(Pausa)
Eu que, com minha insegurança, quis tantas vezes embebedá-lo
com alguma variante de “beladona”, e colocá-lo em um vidrinho e trazer para mim.
Andei me convencendo que não preciso de nada do tipo: ele sempre está perto,
próximo, abraçável. Meu menino.
Nada me faria mais feliz agora que te olhar nos olhos,
contemplar a leveza do teu sorriso se abrindo, me sentir envolto em teus macios
tentáculos. Um abraço, materializações de uma história. Quero então uma grande
história. Escrita com largos sorrisos. Papéis de epiderme brilhantes. Letras
com formatos de lábios. Escritos tão desejáveis, capazes de prender e deliciar eternamente
os possíveis leitores apenas em uma única página. Apenas. Quero uma grande
história. Capaz de fazer até mesmo o tempo se curvar em reverência. É isso.
Isso que quero.
Ele é lindo. Me sinto tão bem ao teu lado. Pode ser simples
a idéia, mas é isso. Lindo, ele.
Só mais uma coisa: “Please, don’t leave me”.(Never!)
Eu te amo, meu
menino.
(Augustu, 26.12.2012_22:57hs)
sábado, 1 de dezembro de 2012
Felicidade
Felicidade é poder confiar, e se espelhar, nos olhos dele.
... e poder se mostrar com todos os seus recônditos defeitos.
(Sem maquiagens, máscaras ou meias verdades)
Mostrar as lágrimas, as imperfeições, os ‘desandos’ de ego.
(Os problemas estruturais...)
Sem precisar recorrer às antigas leis do “ser frio para
manter”
É mostrar um Eu
profundo, normalmente invisível.
E poder mostrar-se, sem receios. Nenhum deles.
É mergulhar no corpo dele, e sentir-se mergulhado.
E sentir o seu indescritível contato, após o sexo.
Mastigar sua boca, e engolir finos sorrisos...
E sorrir no escuro, sem a menor necessidade de platéia.
(E saber, pelo leve paralisar de sua ofegante respiração,
que ele sorri também)
É poder dormir juntinho, confiando os tímpanos ao som de seu
coração...
... e acordar, no outro dia, invertendo a ordem:
Confundindo realidade em sonho, e, só por escolha, o
contrário...
(Augustu, 01.12.2012_21:50hs)
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Tratos de Noites e Segredos de Coragens
Nota ao leitor: Ultimamente meus textos estão
cheios de necessidades novas. Necessidades como explicações técnicas. Sempre
fui muito técnico, muito metódico, e sabia deste defeito. Só que a técnica
agora acaba sendo positiva: ela nasce de uma imensa necessidade de deixar as
coisas o mais claro possível, o mais sincero. Para mim que vivi sempre nas
sombras... isso é uma imensa vitória.
Acordei
insuportavelmente balançado por algumas memórias distantes. Uma música, em
especial, me fez representar o presente de forma brilhante. O Erasmo e a Marisa nunca traduziram de forma tão bela o meu presente. Em meio
ao rolar das cobertas, do desenhar ocular das mesmas figuras na parede, do
espreguiçar lentamente saudando minhas velhas amigas – as telhas – fragmentos da
canção foram preenchendo sutilmente as lacunas das possibilidades de meu dia.
Trechos como:
Guarde segredo
Que te quero
E conte só
Os seus prá mim...
Que te quero
E conte só
Os seus prá mim...
As atividades então desenroladas
nem conseguem tirar este som da minha cabeça. Devo dizer também, aqui, que meus
escritos sempre foram cheios dos mais diversos sentimentos, verdades, falas
ocultas, não-ditos, não-pessoas... O de então não é diferente. Mas devo dizer
que ele vem carregado de algo, que se mostra relativamente inédito em todos
estes séculos. Ele vem dotado de coragem. Sinto-me corajoso, sabe? Talvez não
seja uma grande coisa, ao balizarmos com outras experiências. Mas me sinto corajoso,
principalmente para falar a verdade. Para caminhar no claro, sem a vigilância
desesperada buscando uma incoerência. Sinto-me corajoso para ir te ver sem
avisos cheios de medos...
Acho que começamos bem, quando
combinamos que nossos contatos deveriam ser permeados pela sinceridade. Estávamos
chegando de uma caminhada de machucados. Cheios de ferimentos mortais, por
conta de palavras mal-ditas. A sinceridade foi um remédio. Começamos bem, muito
bem.
Com esta coragem, eu me convenci
que era o mais certo a ser feito, a ponto de me expor da forma mais frágil
possível. Mostrei meus maiores defeitos a você, minhas inseguranças. Chorei.
Chorei duas vezes, intensamente. E fui imensamente compensado por essa verdade:
você me abraçou, no sentido maior do termo. Foi perfeito. Você é lindo.
Em alguns momentos eu me lembro
de antigas conversas com algumas companheiras de caminho, que me seguravam
quando eu achava que o supérfluo era o essencial. Falas do tipo: “Não demonstre que você gosta”, “Seja frio”, “Só dará valor se você ficar distante”... e uma série de outras com
a mesma natureza. Nunca o fiz. Nunca me vi atuando. Seria uma farsa. Chega de
farsas. Mesmo correndo o risco de me estilhaçar mortalmente eu nunca consegui.
Ainda mais agora, depois de todos estes sorrisos.
Sou frágil. Sei que as vezes pareço
chato, extremamente chato. Mas cuida de mim. Só este pedido. Eu me confio a
você.
Não vou ser frio, nem me
distanciar para garantir sua presença. Não tem sentido. Sei que você pensa
assim também. Principalmente quando diz “(...)
malditas sejam as lições aprendidas, pois minha vontade é me jogar (...)”. Acho
que o que mais me chamou atenção em você, nos primeiros anos, foi justamente a
visualização de suas cicatrizes. A não-vergonha de mostrá-las. A sinceridade de
me dizer que amou alguém, que foi muito intenso, e que as marcas não iriam ser
apagadas. No início, eu senti um grande ódio de mim, por te compreender tão
bem. De querer te abraçar mesmo assim. Mas a felicidade de ter visto esta tua
verdade foi maior. Bem maior que qualquer mesquinharia que eu pudesse fomentar.
Queria te dizer uma coisa. Abrir
um parêntese especial aqui. Existe uma grande verdade proferida pelos meus
lábios, maior que todas as outras que possam existir: Te quero. Te quero muito,
meu Leãozinho.
A
Renata traduziu o que sinto agora, também. Colocando a baixo, a golpe de
marretadas, todas estas teorias ridículas que a dor e os machucados me ensinaram
até então. Tributo a ela:
“O defeito de muita gente, é sentir saudade
e não correr atrás,
de amar e não admitir, de sofrer e não chorar.
O medo de
demonstrar nossos sentimentos
muitas vezes nos impede de ser feliz.” (Renata
Gomes)
Então...
mesmo reconhecendo-me como um ‘completo chato de galochas’ eu não vou suprimir
esta possibilidade de ser feliz. A agarrarei. Paciência comigo, outro pedido.
Mas eu vou correr atrás de tu, e não atrás do medo. Ainda mais por que eu ouvi
ontem “você vai para onde eu for”.
(Pausa. Riso bestificante me impedindo de continuar. 2 minutos só.) Eu
vou. Vou sim.
Só outra coisa eu queria deixar
registrado: ontem eu ganhei uma promessa. Uma bela promessa. Há um tempo eu
tentei propor um trato a você. Confesso que não me lembro da natureza do
pedido. Foi negado antes que eu colocasse minha idéia sobre a mesa, mas entendi
seu argumento. Era muito cedo ainda. Digo isso para que compreendas o valor
desta promessa de então.
Prometeu-me cantar uma música
todos os dias antes de dormir.
(Pause. Velho, sabe o que é
isso? O valor disso? Ele me prometeu cantar para eu dormir! A noite sempre foi
tão especial para mim. Um momento de transição, de mistérios, de sonhos... Já
estava bom ter ele todas as noites. Ouvir ele todas as noites. Mas ele me
prometeu cantar... todas... as... noites. Para mim. Sabe? Para mim! [rs] Pareci
como uma criança, que alguém havia prometido algo de muito desejado. Foi isso.
Mas o especial não residia unicamente na promessa, mas sim na certeza do seu cumprimento.
Seu lindo!)
Prometeu-me cantar uma música
todos os dias antes de dormir. A essência nem reside tanto na promessa, ou no
repertório... o especial é saber que te terei, minimamente, por alguns minutos,
antes de dormir. Isso sendo o mais pessimista possível. Você é lindo, em todos
os sentidos, meu Leãozinho. E a cada dia que passa, seus olhos figuram como um
belo e tentador convite.
Eu aceito. Eu vou.
(Augustu, 23.11.2012_12:07 hs)
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Segredo (-te)
Quero-te.
Desejo-te, mais que tudo que os meus sentidos possam
interpretar.
Teu corpo, teu ser, teus lindos olhos de avelã.
O exalar de tua alma, que docemente escorre de tua presença.
Sentir o beijo dos teus poros em minhas verdades mais
escondidas.
Dissolvendo-me e perdendo-me todo, em tua imensidão.
Teu riso leve, que desesperadamente meus beijos devoravam.
Mergulhar em teu corpo, teu mundo, teu templo...
E sentir todos os relevos da tua alma. Todos.
Ver o teu leito. E sorrir ao te ver narrar os passos de teus
caminhos.
Depois acordar, ao teu lado.
Sentindo um imenso ciúme do sono, que te possui.
Gladiar, então, mortalmente, com ele.
Usando o desenrolar dos meus dedos em teu corpo, como armas letais.
Em seu nome.
Banir o tempo, o medo e a morte...
Lutar em seu nome.
Querendo-te.
Desejando-te.
Até que teus olhos se abram.
E eu veja o que existe de mais lindo para se ver.
E ganhe a mais absoluta recompensa que possa existir:
Teu sorriso. Teu leve
e brilhante sorriso...
(Augustu, 15.02.2012_12:35hs)
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Intróitos
13
de outubro. 1:05 da madrugada.
Já
era tarde. Quase tão tarde a ponto de eu não acreditar que pudesse chegar mais
ninguém. Fechado. Eu já estava quase convencido de que não valeria mais a pena
me expor tanto. Não valeria a pena provocar mais choro, nem o fingimento dele.
Enfim, não existia mais coração. Nem mesmo uma pedra com este formato.
Tudo
aconteceu. Talvez a séculos já estivesse premeditado, pelas profecias de algum
místico. Foi incrível, é incrível. Ver ele chegando como um rio. Tomando tudo.
Arrancando as pedras, as árvores centenárias. Drenando toda uma vida de
pântanos, e se estabelecendo.
Por
um lado, algumas barreiras tentaram se desenhar. Algumas do tipo:
“Eu durmo demais, sou viciado em café. Sou
birrento, pareço criança para tomar banho, não quero ir, mas quando vou, custo
a sair do chuveiro. Hum, gosto de ler, mas tenho preguiça de digitar, acentuar,
e tal...”
Mas você
acha realmente que numa altura dessas, depois de ver o meu coração ser
pisoteado repetidamente, eu iria me importar?
Dorme
demais? Seria um imenso prazer, para mim, ter a honra de te ver dormir.
Viciado
em café? Meu único lamento é não saber fazê-lo. O que não me impede de dedicar
meus dias inteiramente a aprender. Principalmente se for a teu lado.
Birrento,
como criança para tomar banho? Seria também um imenso prazer te oferecer meu
colo e afagos. (E quanto ao não querer sair do chuveiro/colo, nada me seria
mais extasiante!)
Gosta de
ler? (RS) Nem comento! Eu me faria um imenso livro. Talvez a temática fosse
irrelevante, mas seria um.
Ainda, para
coroar, existiu a deixa:
“Mas
se quiser me dar a mão, eu posso tentar reverter isso.”
Preciso
teorizar mais? Ah, estes seriam os trabalhos de 60 anos? Eu, já seu, aceito.
Com a maior satisfação, e prazer, que possa existir.
(Augustu, 12.11.2012_17:03hs)
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